Dos teus
lábios tiro a saliva doce e o escárnio ao amor negado há muito tempo atrás,
hoje você implora beijos sem emoção, abraços sem afeto, juras falsas de um amor
que outrora foi tão cobiçado, querido, sei que ataco sua boca como se devorasse
todo o infortúnio ignorado por você cretino, aos poucos sinto a vibração
alucinante da tua pulsação, ao roubar teu fôlego você sussurra expressões insignificantes.
Deste modo, não almejo o teu amor e sim teu coração, quero seduzir até o teu
ultimo fio de cabelo, rendida estarei ao meu antigo amor platônico que hoje não
é relevante.
E
quando, enfim, estiveres rendido aos encantos desta dama sem piedade, tu
provarás dos piores dissabores da vida, nosso beijo de despedida será amargo
como fel. Porém meu vassalo, este é apenas mais um dos meus desejos ocultos,
trancado e esquecido no HD mental da maldade desejada a todos os cafajestes
maldosos que um dia destruíram toda a meiguice e doçura dos meus atos.
Carmen D’lenheva
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