terça-feira, 9 de julho de 2013

Da série hipocrisia infame – Estereótipos: gramaticóide e dicionário “ambulante”




Vejo aquela garota todos os dias na biblioteca lendo por uns minutos, logo notei que estuda letras, qual ser leria um livro “Pride and Prejudice”? Isso mesmo, o livro de literatura inglesa com o texto original, ou seja, inglês. Em seguida, comecei a refletir sobre os estereótipos que esta garota poderia se encaixar, deste modo, são eles: A letrada gramaticóide, sabe aquela estudante de letras que conhece todas as regras gramaticais e não perde uma oportunidade para corrigi-lo, por conseguinte, o segundo seria; A letrada dicionário, aquela que revela todos os significados de palavras na língua estrangeira, você pode perguntá-la o significado da frase que está estampada em sua camiseta, ou pedir para que ela traduza uma música em tempo real, ela exibe o quanto conhece a língua e sempre afirma que fala fluente, deste modo, o terceiro seria; Ela é simplesmente uma estudante que aprecia o idioma inglês, é uma aprendiz, não confunda com “falante nativa da língua”, ela não é esnobe, não exibe  o conhecimento que já adquiriu e se perguntares à ela se fala fluente ela responderá: “estou aprendendo inglês, falo um pouco, preciso melhorar a pronúncia”. Talvez ela leia literatura inglesa, mas como qualquer outro estudante, ela recorre ao dicionário para traduzir algumas palavras desconhecidas. A jovem que conheci na biblioteca não possui um estereótipo popular de uma estudante de letras, ela é diferente, é revoltada com a sociedade que cobra “Você tem que ser fluente logo mocinha.” “Estuda letras? Já leu Machado né?”. “Traduz essa música ae, ela é tão linda” “Amiga o que significa isso?”. Ela é uma moça sincera, quando não sabe ela simplesmente diz: “Eu não sei o significado, posso pesquisar depois”. Posso deduzir que a vontade era de gritar “Eu não sou gramática nem dicionário, por favor, pesquisa, estuda, compra um dicionário P*%#*!”. 

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